Morre aos 95 anos o escritor e poeta amazonense Thiago de Mello
A literatura brasileira amanhece de luto. Morreu na madrugada desta sexta-feira (14), o poeta Thiago de Mello, aos 95 anos. A morte foi confirmada pela esposa Poliana Furtado, ao site Imediato. Ele passava por problemas de saúde desde 2021. A família não divulgou a causa da morte. Em breve mais informações. Amadeu Thiago de Mello […]
A literatura brasileira amanhece de luto. Morreu na madrugada desta sexta-feira (14), o poeta Thiago de Mello, aos 95 anos. A morte foi confirmada pela esposa Poliana Furtado, ao site Imediato. Ele passava por problemas de saúde desde 2021. A família não divulgou a causa da morte. Em breve mais informações.
Amadeu Thiago de Mello foi um grande poeta e tradutor brasileiro. Ele foi um dos poetas mais influentes e respeitados no país, reconhecido como um ícone da literatura amazonense. Thiago teve obras traduzidas para mais de trinta idiomas.
Thiago de Mello, nasceu em Porantim do Bom Socorro, município de Barreirinha, no Amazonas, no dia 30 de março de 1926. Em 1931, ainda criança, mudou-se com a família para Manaus, onde iniciou seus estudos no Grupo Escolar Barão do Rio Branco e depois, no Ginásio Pedro II. Mais tarde mudou-se para o Rio de Janeiro, onde em 1946 ingressou na Faculdade Nacional de Medicina, mas não chegou a concluir o curso para seguir a carreira literária.
Durante a década de 1950, colabora nos periódicos O Comício, veículo de oposição ao governo de Getúlio Vargas (1882 – 1954), e Folha da Manhã. Ao lado do poeta Geir Campos (1924 – 1999), funda a Editora Hipocampo, em 1951. Dirige o Departamento Cultural da Prefeitura Municipal da Cidade do Rio de Janeiro, em 1959.
No ano seguinte, assume o posto de adido cultural do Brasil na Bolívia e, posteriormente, em 1963, no exercício da mesma função, transfere-se para Santiago, Chile, onde conhece o poeta Pablo Neruda (1904 – 1973), de quem faz a tradução de uma antologia poética. Vai residir no Rio de Janeiro em 1965, mas, em 1968, perseguido pelo governo militar, viaja para Santiago, onde permanece exilado por dez anos. Período em que publica Faz Escuro Mas Eu Canto, 1965, A Canção do Amor Armado, 1966, Poesia Comprometida com a Minha e a Tua, 1975, e os Estatutos do Homem, 1977. Retorna do exílio em 1978 e, ao lado do cantor e compositor Sérgio Ricardo (1932), participa do show Faz Escuro Mas Eu Canto, dirigido pelo cronista e dramaturgo Flávio Rangel (1934 – 1988) e apresentado em dez capitais brasileiras. Nesse mesmo ano, fixa-se no município de Barreirinha, Maranhão, onde até hoje se dedica à poesia, envolvendo-se com as comunidades ribeirinhas e com questões ligadas à preservação ecológica da Região Amazônica.
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