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Cultura - 15 de abril de 2025
Foto: Michael Dantas

Livro bilíngue ‘Ariá’ exalta saberes indígenas e resgata memória da Amazônia

A capital amazonense será palco, na próxima quarta-feira, 16 de abril de 2025, do lançamento de uma obra que celebra a biodiversidade e a riqueza cultural da região. O livro “Ariá: um alimento de memória afetiva”, publicado pelas editoras Valer e Inpa, será apresentado ao público a partir das 17h no restaurante Caxiri, localizado na […]

A capital amazonense será palco, na próxima quarta-feira, 16 de abril de 2025, do lançamento de uma obra que celebra a biodiversidade e a riqueza cultural da região. O livro “Ariá: um alimento de memória afetiva”, publicado pelas editoras Valer e Inpa, será apresentado ao público a partir das 17h no restaurante Caxiri, localizado na rua 10 de Julho, 495, centro da cidade. O evento tem entrada franca.

A publicação marca a estreia da série “Amazônia Chibata” e se destaca por sua edição bilíngue, sendo apresentada tanto em português quanto na Língua Tukano. O primeiro volume da série foca no ariá (Goeppertia allouia), um tubérculo tradicional da Amazônia que carrega consigo memórias afetivas e um importante valor cultural, mas que enfrenta um crescente desaparecimento dos mercados regionais.

A iniciativa para a produção do livro partiu das recordações de infância de Dona Nora, avó materna do jovem autor de 17 anos, Eli Minev-Benzecry. A obra é resultado de um esforço colaborativo que envolveu onze coautores, entre indígenas e não indígenas: Ruby Vargas-Isla, Laura Leite Silvio Barreto, Tyson Ferreira-Sateré, Marly Lima Bosco Gordiano, Maiana Lago, Atmam Batista, Ariel Blind e Ana Carla Bruno, sob a coordenação da pesquisadora do Inpa, Dra. Noemia Ishikawa. A tradução para o Ye’pâ-mahsã (Tukano) foi realizada por Rosilda Maria Cordeiro da Silva, e as ilustrações são de Hadna Abreu.

O livro transcende o mero registro de um alimento, buscando ressignificar o ariá e impulsionar seu cultivo e consumo. A iniciativa visa contribuir para a geração de renda e a segurança alimentar das populações amazônicas, além de resgatar a relevância cultural de um item outrora presente na dieta regional.

A coordenadora editorial da Valer, Dra. Neiza Teixeira, enfatiza a centralidade da identidade amazônica na obra e destaca a importância da “auricularidade”, a transmissão oral de saberes presente nas páginas do livro. “Ressalto o esmero, a dedicação e o rigor científico empregados pelos autores. É notável a composição multicultural e multidisciplinar dos participantes e a estreia literária do jovem Eli Minev-Benzecry, de apenas 17 anos, um traço distintivo desta publicação”, declarou Neiza.

A escolha do Tukano, uma das línguas co-oficiais de São Gabriel da Cachoeira, município do Alto Rio Negro onde o ariá é cultivado e consumido principalmente por comunidades indígenas, sublinha o compromisso da obra com a valorização dos povos originários. “Chamo a atenção para o cuidado na organização deste primeiro livro: ele apresenta-se, também, na Língua Tukano, o que demonstra o compromisso e o respeito com os povos indígenas. E, igualmente importante, promove um diálogo em nível de igualdade entre o conhecimento ancestral de nossos povos originários e o saber científico”, pontuou Neiza.

A publicação inclui ainda receitas elaboradas com ariá por chefs renomados, enriquecendo a perspectiva sobre as possibilidades gastronômicas do tubérculo.

O diretor do Inpa, Dr. Henrique Pereira, destaca que o livro conduz o leitor a uma redescoberta do ariá como um aliado na segurança alimentar e na geração de renda, especialmente em um cenário de desafios climáticos. “Esta obra se distingue não apenas pelo seu conteúdo, mas também pela sua abordagem inclusiva e colaborativa, reunindo contribuições de autores indígenas e não indígenas e contando com a tradução para a língua Ye’pâ-masã (Tukano). O livro reflete um profundo compromisso com o interculturalismo e a preservação das línguas e culturas amazônicas”, afirmou Pereira, convidando o público a celebrar a diversidade do universo amazônico através da leitura.

Série “Amazônia Chibata” Promete Explorar a Biodiversidade Regional

Na linguagem popular da Amazônia, o termo “chibata” designa algo de grande valor, que surpreende e traz benefícios. Inspirada nessa expressão, a série “Amazônia Chibata” surge com o objetivo de revelar as evidências científicas e os conhecimentos ancestrais que fazem da Amazônia um território biocultural singular.

A série, concebida de forma colaborativa e multidisciplinar, trará livros sobre a sociobiodiversidade amazônica, com a participação de autores indígenas e não indígenas. Cada volume abordará um tema específico da região, utilizando ilustrações, fotografias e textos em português, sempre acompanhados da tradução para uma língua indígena. A expectativa é que a série contribua para a divulgação da beleza, da sustentabilidade e da diversidade da flora, da fauna e das comunidades humanas da Amazônia.

Então, agende: 

Lançamento do livro: “Ariá: um alimento de memória afetiva”,

Data: 16 de abril.

Hora: 17h

Local: restaurante Caxiri – rua 10 de Julho, 495, centro de Manaus.

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