Ecologia - 26 de maio de 2023
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Exposição Nightwatch explora e resgata o olhar urbano da noite com lambes, colagem e grafite

As obras de arte à disposição da cidade e que inspiram olhares mais aguçados e sensíveis sobre as questões sociais sempre encontraram na noite e no cenário urbano, além do caráter de protesto, coletividade e expressão social, além de uma identidade muito definida. Nessa identidade transitam artistas plásticos do Norte, eternizados por meio de trabalhos […]

As obras de arte à disposição da cidade e que inspiram olhares mais aguçados e sensíveis sobre as questões sociais sempre encontraram na noite e no cenário urbano, além do caráter de protesto, coletividade e expressão social, além de uma identidade muito definida.

Nessa identidade transitam artistas plásticos do Norte, eternizados por meio de trabalhos e ocupações urbanas. Em alusão ao dia do artista plástico, alguns grandes nomes recebem, a partir de hoje (26/05), no Centro Cultural Palácio Rio Negro, uma homenagem na forma da exposição “Nightwatch”, de Victor Zagury.

A exposição homenageia artistas que são verdadeiras referências para as atuais e futuras gerações da arte feita na Amazônia. A curadoria é do artista plástico, grafiteiro, escultor e desenhista amazonense Turenko Beça.

“A calada da noite é o manto da proteção de quem faz arte na cidade. Ninguém picha, cola lambe ou faz stencil com todos olhando… é aquela ação que ocorre, e quando você dá conta, já tem algo adicionado à paisagem”, declarou o artista.

A exposição “Nightwatch” traz 13 obras, nas quais o artista une o lambe-lambe, colagem, stencil e grafite a partir de imagens de perfis de artistas como Anísio Mello, Arnaldo Garcez, Bernadete Andrade, Buy Chaves, Evanil Maciel, Helen Rossy, Jair Jacqmont, Moacir Andrade, Óscar Ramos, Otoni Mesquita, Roberto Evangelista e Sérgio Cardoso.

Passado e Presente

“A Nightwatch surgiu através das minhas vivências na arte, o olhar urbano da noite, da rua e a homenagem da nova madrugada às gerações anteriores e àqueles do clube da madrugada, utilizando os recursos para estabelecer uma relação direta com os artistas da geração anterior, atuantes em Manaus e no mundo, trazendo um olhar do passado para a arte de rua do presente”, conceituou o Victor Zagury, autor das obras em exposição.

Demarcando o Norte como ponto de partida para as experiências artísticas, fatores como a diversidade, estilos e técnicas desenvolvidas envolvem a comunidade local e promovem a inclusão cultural, segundo Victor, “os artistas de rua são uma parte valiosa e vibrante na nossa cidade de Manaus, movimentam a galeria ao ar livre da nossa cidade”, declarou.

A calma e o silêncio da noite possibilitam uma concentração que, segundo o artista, não é encontrada durante o dia por conta de suas distrações e ocupações. “Além disso, a iluminação noturna pode criar um efeito dramático nas obras de arte, aumentando seu impacto visual pela manhã”, explica Zagury.

Quanto aos aspectos técnicos das 13 obras expostas, foram utilizadas a colagem analógica com retalhos e recortes de papéis e, também, folhas secas e pétalas, dialogando com essa sensibilidade imagética combinam-se sprays para moldes de pintura da tela, além do lambe-lambe como forma de colagem dos papéis.

“Serão obras expostas em homenagem aos artistas que fizeram muito barulho no passado e que hoje são referências artísticas no Amazonas, mesclando o estilo de arte de cada um, e dando um novo olhar Agostiniano do presente das coisas passadas, presente das coisas presentes e presente das coisas futuras, sobre o meu olhar artístico e urbano”, finalizou o artista.

A mostra individual do artista visual Victor Zagury, sob curadoria de Turenko Beça, traz uma composição de 13 obras que retratam artistas plásticos de grande representatividade na região Norte, e que hoje estimulam novas gerações do cenário contemporâneo.

Zag (como assina suas artes) é um nortista urbano, reconhecido por sua arte de colagens elaboradas, que propõe um diferente olhar sobre questões sociais, compondo uma forma de protesto e expressão social.

A exposição acontece no Centro Cultural Palácio Rio Negro (avenida Sete de Setembro, 1.546, Centro) no período de 26 de maio a 24 de julho de 2023, seguindo o horário de visitação do espaço, nos dias de segunda, quarta, quinta, sexta e sábado, das 9h às 17h.

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